segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amor à camisa...

...ou ao dinheiro?

É conhecido de todos que acompanham futebol que esse esporte é uma máquina de fazer dinheiro.

Mas muitas vezes me pergunto: será que é ingenuidade de minha parte achar que alguns (poucos) jogadores, ainda sentem amor pela camisa que está usando? Provavelmente, sim, seja só ingenuidade. (ou não)

Será que eles sabem quantos corações pulsam por aquela camisa? A responsabilidade de dar um pouco de alegria à milhões de torcedores?
Creio que a maioria não sabe o que é isso. Afinal, por que eles iriam se preocupar com essas bobagens? Contanto que o dinheiro (que não é pouco) estiver entrando. Ele estará satisfeito.

É muito comum ver quando um jogador faz gol, beijar o brasão na camisa. Passam alguns meses e ele troca – não só de clube – como de paixão, amor, devoção, e quando faz gol, lá está o beijo no brasão de outro time. É cinismo demais não?!

É claro que entendo que jogar futebol é mais que diversão, é um ‘trabalho’, mas não precisa levar a extremos. Entendo também que é preciso ‘evoluir’, trocar de clube, fazer um bom trabalho, e respeitar o clube que paga o seu salário e a torcida que acredita no jogador. Mas acho perfeitamente dispensável o teatro de amor niilista. Ora! Francamente...

Messi, que joga há quase dez anos no Barcelona, e em qual eu acredito que ama a camisa que veste, até alguns dias atrás declarava que aposentaria no Barcelona. Mas declarou recentemente que pode deixar o clube um dia.

Em entrevista à revista francesa France Football, o jogador disse que essa certeza de permanência vem apenas por conta do bom momento, mas ele pode, sim, um dia deixar a equipe “Não se pode ter certeza de nada no futebol, não sabemos o que vai acontecer.”
“Não tenho nenhum desejo de deixar a equipe, mas nunca se sabe. Quando se está bem, não pensamos dessa coisa, mas e se elas começaram a irem mal? Nunca se sabe”. Fonte: UOL 



Amor só dura enquanto o time está ganhando e o dinheiro entrando? Talvez.


Mas ele pode perfeitamente jogar por outro time (menos o Real Madrid)  e continuar sendo ídolo da torcida culé e amando o Barça. Não pode?! Mas não me venha beijar o brasão do outro time, que toda a imagem que tenho (não só eu) de jogador humilde e integro que é, acaba no mesmo segundo, e pode apostar que perderá o respeito de (quase) todos no mundo do futebol. Como muito outros perderam.


Mas oremos pra que a boa fase do Barça jamais acabe. Pelo bem dos amantes do BOM futebol. Pois o Messi já é lenda.


Beijar o brasão só se for da Seleção, ok?!



ps: desculpem por focar em "Messi", mas ele foi a minha inspiração. Mas o que não falta são exemplos de amor à camisa, ou a falta de amor. ;D 


Twitter rule!

3 comentários:

  1. Fato é que os clubes estão sendo obrigados a deixar o lado poético de escanteio para se tornar empresas comerciais.(os jogadores estão indo pelo msm caminho)

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  2. o André Lima, hoje no Grêmio, é o maior beijador de brasões do Brasil. O cara beija camisas por atacado...

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  3. Beijar camisa nos tempos de hoje em dia é Marketing ou média com a torcida , sem dúvida !

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